terça-feira, 18 de setembro de 2012

V ENCONTRO POTIGUAR DE ESCRITORES


MARCELO FERNANDES - O TEATRO É A SOMBRA DO VIVER

NA MINHA VOLTA AO SUPLEMENTO CULTURAL "NÓS, DO RN..." (N. 78, EDIÇÃO SETEMBRO/2012), ENTREVISTEI O ARTISTA PLÁSTICO E CENÓGRAFO MARCELO FERNANDES, O INVENTOR DO GIZ MULTICOR. FOTO DA CAPA BY EDUARDO MAIA. 

quinta-feira, 19 de abril de 2012

FINGIMENTO


FINGIMENTO

VIVO DE ABRAÇO
AÇO INOXIDÁVEL
ÁCIDO NA PELE INSENSÍVEL.
A DOR É FINGIMENTO
DA VEXADA ALMA CALMA.
OS ATORES FANTASMAS ME VISITAM ESTA NOITE.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Lançamento do livro de poemas de Eduardo Gosson



C O N V I T E

O 1º Vice-Presidente da União Brasileira de Escritores - UBE/RN -, escritor Jurandyr Navarro da Costa, convida Vossa Senhoria e família para o lançamento do livro ENTRE O AZUL E O INFINITO, do confrade EDUARDO GOSSON, vol.2, da Coleção Antonio Pinto de Medeiros, selo editorial Nave da Palavra.
Local: Academia Norte-Rio-Grandense de Letras - ANL
Rua Mipibu, 443 - Petrópolis
Data: 27 de Abril de 2012 (sexta-feira) Hora: 18h
Confirmar presença através do e-mail: eagosson@gmail.com

quinta-feira, 15 de março de 2012

No Dia Mundial doTeatro o dramaturgo Paulo Jorge Dumaresq (re)lançará seu livro no Bardallo's


NO DIA DO TEATRO, COMEMORADO EM 27 DE MARÇO, FAREI O (RE)LANÇAMENTO DO LIVRO NO BARDALLO'S COMIDA & ARTE, A PARTIR DE 19H. ALÉM DO LANÇAMENTO EM SI, HAVERÁ PERFORMANCES, EXIBIÇÃO DO DVD DA PEÇA "A MISSÃO", COM O ATOR FERNANDO ATHAYDE, E O DJ RAFAEL TOCARÁ COISAS BOAS PRA VOCÊS DANÇAREM. DAQUI PRA LÁ DAREI MAIS DETALHES. AGUARDO TODOS.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Ator natalense participa do filme “Reis e Ratos”




Motivado pelo sonho de fazer cinema, o ator natalense Bruce Brandão deixou Natal em 2009, com o seu figurino de Carlitos na mala, e se mandou para o Rio de Janeiro. Na grande cidade, morou primeiramente no bairro de Jacarepaguá. Quem conhece bem o Rio sabe da distância entre Jacarepaguá, na Zona Oeste, e a Zona Sul. Mesmo com todas as dificuldades para enfrentar a vida numa megalópole, Bruce botou seu Carlitos na rua. A estratégia era vender rosas usando o personagem de Charles Chaplin. No calor da empatia do carioca, aproveitava o ensejo para oferecer seu produto. Não demorou muito para ficar conhecido como o “Chaplin da Zona Sul”.

Certa noite no Bailinho do MAM, no Aterro do Flamengo, Bruce conheceu os atores Selton Mello e Rodrigo Santoro. Foi por meio de Santoro que Bruce conseguiu um papel na comédia “Reis e Ratos” (Brasil, 111 min., 2012), que esteve em cartaz até a semana passada nas duas redes de cinema de Natal. Caracterizado de Chaplin, Bruce puxou conversa com o galã sobre o fazer cinematográfico e o sondou sobre um possível futuro trabalho em alguma produção em que estivesse envolvido. Santoro escondeu o jogo e não prometeu nada, mas disse que se aparecesse algo entraria em contato. Guardou o endereço de Bruce e os dois se despediram.

Dias depois, Bruce recebeu uma ligação da repórter Monique Cardoso da Revista Domingo do extinto Jornal do Brasil. A sobrinha dela avistara o Chaplin na orla sul carioca e gostara do ator baixinho que interpretava Carlitos. A entrevista foi feita por telefone mesmo. Depois o fotógrafo foi na mansarda de Bruce em Jacarepaguá para os devidos registros. Entre a entrevista e sua publicação, a produção de “Reis e Ratos” entrou em contato com Bruce num sábado para ele gravar sua participação no dia seguinte. Rodrigo Santoro dera “aquela força” ao ator papa-jerimum. O dia não podia ser mais propício, uma vez que a matéria no JB também sairia no domingo.

Com os últimos trocados, Bruce comprou três exemplares do JB e se mandou para um casarão no Alto da Boa Vista, onde seria filmada a cena. Rodrigo Santoro o recebeu sorridente, conversou com ele e agradeceu o exemplar do JB com a matéria sobre o Chaplin da Zona Sul. A Bruce foi explicado que ele seria um capanga de Troy Somerset (Selton Mello) e que participaria de uma perseguição a Roni Rato (Rodrigo Santoro). A cena no filme tem duração de dois minutos e apenas uma fala: “Entra!”. Bruce passou o dia no set de filmagem e só o deixou tarde da noite. Aproveitou a maçada para sair em foto com Rodrigo Santoro e Caetano Veloso, que buscava inspiração para compor a música tema do filme. Na época, Caetano era casado com Paula Lavigne dona da produtora Natasha Filmes. Como cachê, recebeu duas entradas para o filme “Chê”, onde Santoro fez o papel de Raul Castro, e módicos R$ 100,00 dados de bom grado pelo galã, porque, conforme a produção, o orçamento já estourara. Meses depois recebeu mais R$ 70,00 de cachê.

Depois das filmagens, Bruce não teve mais contato com Rodrigo Santoro, hoje um ator requisitado no cinema internacional. Só agora em 2012 é que “Reis e Ratos” entrou em cartaz nas salas de cinema do Brasil e permanece dividindo opiniões. O DVD está prestes a sair. No audiovisual, Bruce também fez uma ponta na novela “Poder Paralelo”, da Rede Record, contracenando com o ator Tuca Andrada, e um comercial para a editora Rocco sobre o livro “Areia nos Dentes”, de Antônio Xerxenesky. Aproveitando sua estada no Rio, o nosso ator matriculou-se num curso de cinema ministrado pelo renomado diretor Walter Lima Junior.

No teatro, Bruce Brandão frequentou o curso de interpretação no Tablado com uma bolsa ofertada, curso na Casa da Gávea, ministrado pelo diretor Marcelo Gonçalves, e um curso de dublagem na Voice Brazil, além de um ano de oficina na ONG Palco Social, sob as batutas do diretor Ernesto Piccolo e do ator e dramaturgo Rogério Blat. A oficina culminou com o espetáculo “Sorria, Você Está Sendo Roubado”.

Em Natal, antes de se aventurar no Rio de Janeiro, Bruce fez animação de festas e teatro infantil. Com a Cia. Monicreques representou em “João e Maria’, As Travessuras de Pinóquio” e “A Pequena Sereia”, entre outros. No teatro adulto, participou da montagem de “A Separação de Dois Esposos”, texto de Qorpo Santo e direção de Genildo Mateus, afora o Auto do Natal 2006. Em abril de 2011, Bruce veio passar 10 dias em Natal e não mais voltou para o Rio. O sonho acabou? Para Bruce Brandão, os sonhos não acabam, renovam-se. No momento, está amadurecendo a ideia de retornar para o Rio. Se tudo der certo, parte ainda este ano, com o velho desejo revigorado de fazer cinema.

Reis e Ratos

Dirigido pelo cineasta Mauro Lima – o mesmo de “Meu Nome Não é Johnny” -, “Reis e Ratos” é ambientado no Estado do Rio de Janeiro, em 1963, quando o clima de conspiração afeta uma série de personagens relacionados, de alguma forma, ao cenário político da época. Um deles é Troy Somerset (Selton Mello), agente da CIA que vive no Brasil e passa a duvidar de sua fidelidade à terra natal. Com a ajuda de seu comparsa brasileiro, o Major Esdras (Otávio Müller), ele planeja uma armadilha para o Presidente que pode atrapalhar os planos do golpe militar.

O filme conta, por meio de uma narrativa em flashback, uma espécie de parábola suja da Guerra Fria. Neste ambiente, transitam mafiosos, vigaristas, militares, diplomatas e políticos. A trama e suas situações conduzem o espectador por entre a atmosfera conspiratória das vésperas do golpe militar de 1964 e seus ecos nas ruas da cidade e nos corredores da Embaixada Americana.

Participam, ainda, do elenco, os atores Cauã Reymond (Hervê Gianini), Otávio Muller (Major Esdras), Paula Burlamaqui (Leonor), Seu Jorge (Américo Vilarinho), Daniel Alvim (Paulo Barracuda), Edmilson Barros (Tony), Orã Figueiredo (Esmeraldo Carvalhal), Oberdan Júnior (Clay Benitez), Dan Klabin (Itabora), Rafaela Mandelli (Amélia Castanho), Kiko Mascarenhas (Skutch Sanders), Hélio Ribeiro (Embaixador) e Élcio Romar (O Presidente). “Reis e Ratos” tem produção da Natasha Filmes com coprodução da Globo Filmes. A distribuição é pela Warner Bros.

Contato de Bruce Brandão: 8749-0603.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Filmes (re)vistos em fevereiro de 2012



1) Cache-Cache (Cache-cache, França, 2005. Comédia drama. Direção: Yves Caumon). Cotação: Bom. Revisão.

2) Entre Lençóis (Brasil, 2008. Romance. Direção: Gustavo Nieto Roa) Cotação: Bom. Revisão.

3) Phoenix Rising (Phoenix Rising, Inglaterra, 2011. Documentário “Gettin’ Tighter” e show “Rises Over Japan”, da banda Deep Purple, em 1975/76. Direção: Tony Klinger). Cotação: Ótimo. Revisão.

4) Queen – Classic Albums: Making of A Night At The Opera (Queen - A Night At The Opera, Inglaterra, 2006). Cotação: Ótimo. Inédito.

5) Sem Destino (Easy Rider, EUA, 1969. Aventura. Direção: Dennis Hopper). Cotação: Ótimo. Revisão.

6) Mulheres À Beira de um Ataque de Nervos (Mujeres al Borde de un Ataque de Nervios, Espanha, 1988. Comédia. Direção: Pedro Almodóvar). Cotação: Ótimo. Revisão.

7) Vagas Estrelas da Ursa (Vaghe Stelle dell'Orsa, Itália, 1965. Drama. Direção: Luchino Visconti). Cotação: Obra-prima. Revisão.

8) Conto de Outono (Conte d'Automne, França, 1998. Romance. Direção: Eric Rohmer) Cotação: Ótimo. Revisão.

9) A Missão do Gerente de Recursos Humanos (The Human Resources Manager, Israel, 2010. Drama. Direção: Eran Riklis). Cotação: Regular. Inédito.

10)O Baile (Le Bal, França/Argélia/Itália, 1983. Musical. Direção: Ettore Scola). Cotação: Bom. Revisão.

11) Cidade de Deus (Brasil, 2002. Drama. Direção: Fernando Meirelles) Cotação: Bom. Inédito.

12)O Carteiro e o Poeta (Il Postino, Itália, 1994. Romance. Direção: Michael Radford). Cotação: Ótimo. Revisão.

13)O Grande Golpe (The Killing, EUA, 1956. Policial. Direção: Stanley Kubrick). Cotação: Obra-prima. Revisão.

14)Da Vida das Marionetes (Aus dem Leben der Marionetten, Alemanha/Suécia, 1980. Drama. Direção: Ingmar Bergman). Cotação: Obra-prima. Revisão.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Discurso de Marco Antônio no funeral de Júlio César


O MAGNÍFICO texto do discurso de Marco Antônio foi extraído da peça “Júlio César”, de William Shakespeare.

Amigos, romanos, meus concidadãos, deem-me ouvidos. Vim para enterrar César, não para louvá-lo. O bem que se faz é enterrado com os nossos ossos, que seja assim com César. O nobre Bruto disse a vocês que César era ambicioso. E se é verdade que era, a falta era muito grave, e César pagou por ela com a vida, aqui, pelas mãos de Bruto e dos outros. Pois Bruto é um homem honrado, e assim são todos eles, todos homens honrados. Venho para falar no funeral de César. Ele era meu amigo, fiel e justo comigo. Mas Bruto diz que ele era ambicioso. E Bruto é um homem honrado. Ele trouxe muitos prisioneiros para Roma que, para serem libertados, encheram os cofres de Roma. Isto parecia uma atitude ambiciosa de César? Quando os pobres sofriam, César chorava. Ora, a ambição torna as pessoas duras e sem compaixão. Entretanto, Bruto diz que César era ambicioso. E Bruto é um homem honrado.

Vocês todos viram que nas lupercais, eu, por três vezes, ofereci-lhe uma coroa real, a qual ele por três vezes recusou. Isto era ambição? Mas Bruto diz que ele era ambicioso, e Bruto, todos sabemos, é um homem honrado. Eu não falo aqui para discordar do que Bruto falou. Mas eu tenho que falar daquilo que eu sei. Vocês todos já o amaram e tinham razões para amá-lo. Qual a razão que os impede agora de homenageá-lo na morte?

"Neste momento, Marco Antônio faz uma pausa no discurso, e as pessoas do povo começam a refletir sobre o que ele disse, e a questionar se César tinha, afinal, merecido a morte que teve. Passado este interlúdio retorna Marco Antônio a falar."

Ontem, a palavra de César seria capaz de enfrentar o mundo, agora, jaz aqui morta. Ah! Se eu estivesse disposto a levar os seus corações e mentes para o motim e a violência, eu falaria mal de Bruto e de Cássio, os quais, como sabem, são homens honrados. Não vou falar mal deles. Prefiro falar mal do morto. Prefiro falar mal de mim e de vocês do que destes homens honrados. Mas, eis aqui, um pergaminho com o selo de César. Eu o achei no seu armário. É o seu testamento. Quando os pobres lerem o seu testamento (porque, perdoem-me, eu não pretendo lê-lo), e eles se arrojarão para beijar os ferimentos de César, e molhar seus lenços no seu sagrado sangue.

"O povo reclama de Marco Antônio e exige que ele o leia."

Tenham paciência, amigos, mas eu não devo lê-lo. Vocês não são de madeira ou de ferro, e, sim, humanos. E, sendo humanos, ao ouvir o testamento de César vão se inflamar, ficarão furiosos. É melhor que vocês não saibam que são os herdeiros de César! Pois se souberem... o que vai acontecer? Então vocês vão me obrigar a ler o testamento de César? Então façam um círculo em volta do corpo e deixem-me mostrar-lhes César morto, aquele que escreveu este testamento.

Cidadãos. Se vocês têm lágrimas, preparem-se para soltá-las. Vocês todos conhecem este manto. Vejam, foi neste lugar que a faca de Cássio penetrou. Através deste outro rasgão, Bruto, tão querido de César, enfiou a sua faca, e, quando ele arrancou a sua maldita arma do ferimento, vejam como o sangue de César escorreu. E Bruto, como vocês sabem, era o anjo de César. Oh! Deuses, como César o amava. O golpe de Bruto foi, de todos, o mais brutal e o mais perverso. Pois, quando o nobre César viu que Bruto o apunhalava, a ingratidão, mais que a força do braço traidor, parou seu coração. Oh! Que queda brutal meus concidadãos. Então eu e vocês e todos nós também tombamos, enquanto esta sanguinária traição florescia sobre nós. Sim, agora vocês choram. Percebo que sentem um pouco de piedade por ele. Boas almas. Choram ao ver o manto do nosso César despedaçado.

Bons amigos, queridos amigos, não quero estimular a revolta de vocês. Aqueles que praticaram este ato são honrados. Quais queixas e interesses particulares os levaram a fazer o que fizeram, não sei. Mas são sábios e honrados e tenho certeza que apresentarão a vocês as suas razões. Eu não vim para roubar seus corações. Eu não sou um bom orador como Bruto. Sou um homem simples e direto, que amo os meus amigos.

"Seguem-se novamente comentários das pessoas, já agora lamentando o assassinato e condenando os assassinos. Volta Marco Antônio. "

Aqui está o testamento, com o selo de César. A cada cidadão ele deixou 75 dracmas. Mas para vocês ele deixou seus bens. Seus sítios neste lado do Tibre, com suas árvores, seu pomar, para vocês e para os herdeiros de vocês e para sempre. Este era César. Quando aparecerá outro como ele?

"Revoltada a massa sai rumo às casas dos conspiradores para vingar César."